systemd (Português)
- Systemd é um sistema e gerenciador de serviços para Linux, compatível com os scripts de inicializações SysV e LS. Systemd fornece recursos de paralelização agressivos, usa socket e ativação D-Bus para iniciar serviços, oferece o início de daemons on-demand, mantém o registro de processos usando grupos de controle Linux, suporte snapshotting e restauração do estado do sistema, preserva pontos de montagens e automontagens e implementa uma lógica de controle elaborado transacional baseada em dependência de serviço. O systemd oferece suporte scripts de init SysV e LSB e funciona como um substituto para o sysvinit. Outras partes incluem um daemon de registro, utilitários para controlar a configuração básica do sistema como o nome do host, data, local, manter uma lista de usuários logados e executar contêineres e máquinas virtuais, contas do sistema, diretórios e configurações de tempo de execução e daemons para gerenciar configuração de redes simples, sincronização de tempo de rede, encaminhamento de log e resolução de nomes.
Uso básico do systemctl
O principal comando usado para introspecção e controle systemd é systemctl. Alguns de seus usos são examinando o estado do sistema e gerenciando o sistema e serviços. Consulte systemctl(1) para mais detalhes.
- Você pode usar todos os comandos de systemctl abaixo com a opção
-H usuário@host
para controlar uma instância de systemd em uma máquina remota. Isso usará SSH para se conectar uma instância remota systemd. - Usuários de Plasma podem instalar systemd-kcmAUR como um frontend gráfico para systemctl. Após a instalação, o módulo será adicionar sob Administração de sistema.
Analisando o estado do sistema
Mostre status do sistema usando:
$ systemctl status
Liste units em execução:
$ systemctl
ou:
$ systemctl list-units
Liste units que falharam:
$ systemctl --failed
Os arquivos units disponíveis podem ser vistos em /usr/lib/systemd/system/
e /etc/systemd/system/
(este último tem precedência). Liste os arquivos unit instalados com:
$ systemctl list-unit-files
Mostre slice de cgroup, memória e pai de um PID:
$ systemctl status pid
Usando units
As units podem ser, por exemplo, serviços (.service), pontos de montagem (.mount), dispositivos (.device) ou soquetes (.socket).
Quando usa systemctl, você geralmente tem que especificar o nome completo do arquivo unit, incluindo o sufixo, por exemplo sshd.socket
. No entanto, existem algumas formas curtas de especificar a unit nos seguintes comandos systemctl:
- Se você não especificar o sufixo, systemctl presumirá .service. Por exemplo,
netctl
enetctl.service
são equivalentes. - Os pontos de montagem serão automaticamente convertidos para a unit .mount adequada. Por exemplo, especificar
/home
equivale ahome.mount
. - Similar aos pontos de montagem, dispositivos são automaticamente convertidos para a unit .device adequada, portanto, especificar
/dev/sda2
equivale adev-sda2.device
.
Veja systemd.unit(5) para detalhes.
@
(por exemplo, nome@string.service
): isso significa que eles são instâncias de uma unit modelo (em inglês, template), cujo nome real do arquivo não contém a parte string
(por exemplo, nome@.service
). string
é chamado de identificador de instância (em inglês, instance identifier) e é semelhante a um argumento que é passado para a unit modelo quando chamado com o comando systemctl: no arquivo unit, ele irá substituir o especificador %i
.
Para ser mais preciso, antes de tentar instanciar a unit modelo nome@.suffix
, o systemd vai, na verdade, procurar por uma unit com o nome de arquivo exato nome@string.sufixo
, embora por convenção tal "conflito" ocorra raramente, ou seja, a maioria dos arquivos unit contendo um sinal @
são destinados a serem um modelo. Além disso, se uma unit modelo for chamada sem um identificador de instância, ela falhará, pois o especificador %i
não conseguirá ser substituído.- A maioria dos comandos a seguir também funciona se várias units forem especificadas; veja systemctl(1) para obter mais informações.
- A opção
--now
pode ser usada em conjunto comenable
,disable
emask
para iniciar, parar ou mascarar, respectivamente, imediatamente a unit em vez de após reinicializar. - Um pacote pode oferecer units para diferentes finalidades. Se você acabou de instalar um pacote,
pacman -Qql pacote | grep -Fe .service -e .socket
pode ser usado para verificar e localizá-las.
Verificando status
Páginas de manual associadas a uma unit (conforme suportado pela unit):
$ systemctl help unit
Status de uma unit, incluindo se está em execução ou não:
$ systemctl status unit
Verifica se uma unit está habilitada ou não:
$ systemctl is-enabled unit
Iniciando, reiniciando, recarregando
Inicia uma unit imediatamente:
# systemctl start unit
Para uma unit imediatamente:
# systemctl stop unit
Reinicia uma unit:
# systemctl restart unit
Recarrega uma unit e sua configuração:
# systemctl reload unit
Recarrega a configuração do gerente do systemd, procurando por units novas ou alteradas:
# systemctl daemon-reload
Habilitando
Habilita uma unit para iniciar automaticamente na inicialização:
# systemctl enable unit
Habilita uma unit para iniciar automaticamente na inicialização e inicia-a imediatamente:
# systemctl enable --now unit
Desabilita uma unit para não ser iniciada durante a inicialização:
# systemctl disable unit
Reabilita (ou seja, desabilita e habilita novamente) uma unit; por exemplo, no caso de sua seção [Install]
tenha mudado da última vez que foi habilitada:
# systemctl reenable unit
Mascarando
Mascara uma unit para tornar impossível iniciá-la (Tanto manualmente quanto como uma dependência, o que torna mascaragem perigoso):
# systemctl mask unit
Desmascara uma unit:
# systemctl unmask unit
Gerenciamento de energia
polkit é necessário para o gerenciamento de energia como um usuário sem privilégios. Se você está em uma sessão de usuário local systemd-logind e nenhuma outra sessão está ativa, os seguintes comandos funcionarão sem privilégios de root. Se não (por exemplo, porque outro usuário está conectado em um tty), systemd vai automaticamente pedir a senha de root.
Desliga e reinicia o sistema:
$ systemctl reboot
Desliga e encerra o sistema:
$ systemctl poweroff
Suspende o sistema:
$ systemctl suspend
Coloca o sistema em modo de hibernação:
$ systemctl hibernate
Coloca o sistema em modo de suspensão híbrida:
$ systemctl hybrid-sleep
Escrevendo arquivos unit
A sintaxe de arquivos unit do systemd (systemd.unit(5)) é inspirada nos arquivos .desktop da XDG Desktop Entry Specification , que por sua vez são inspirados nos arquivos .ini do Microsoft Windows. Os arquivos unit são carregados de vários localizações (para ver a lista completa, execute systemctl show --property=UnitPath
), mas os principais são (listados da menor para a mais alta precedência):
-
/usr/lib/systemd/system/
: units fornecidas por pacotes instalados -
/etc/systemd/system/
: units instaladas pelo administrador do sistema
- Os caminhos de carregamento são completamente diferentes quando se está executando systemd em modo usuário.
- Nomes de unit do systemd só podem conter caracteres alfanuméricos, sublinhados e pontos. Todos outros caracteres devem ser substituídos por escapes no estilo C "\x2d" ou deve-se empregar suas semânticas predefinidas ('@', '-'). Veja systemd.unit(5) e systemd-escape(1) para mais informações.
Veja as units instaladas por seus pacotes para exemplos, bem como em systemd.service(5) § EXAMPLES.
#
também podem ser usados em arquivos units, mas apenas em novas linhas. Não use comentários em fim de linha após parâmetros do systemd ou a unidade não conseguirá ativar.Manuseando dependências
Com o systemd, dependências podem ser resolvidas através da concepção de arquivos unit corretamente. O caso mais típico é a unit A requerer a unit B para ser executada antes da A ser iniciada. Nesse caso, adicione Requires=B
e After=B
para a seção [Unit]
de A. Se a dependência for opcional, então adicione Wants=B
e After=B
. Nota que Wants=
e Requires=
não implicam After=
, significando que se After=
não for especificado, as duas units serão iniciada em paralelo.
Dependências são normalmente colocadas em serviços e não em #Targets. Por exemplo, o network.target
é puxado por qualquer serviço que configure as interfaces de rede, portanto, ordenando a sua unit personalizada depois disso é o bastante desde que network.target
é iniciado de qualquer maneira.
Tipos de serviços
Há vários tipos de execução diferentes a considerar quando se escreve um arquivo de serviço personalizado. Isso é definido com o parâmetro Type=
na seção [Service]
:
-
Type=simple
(padrão): systemd considera que o serviço seja iniciado imediatamente. O processo não deve fazer fork. Não use este tipo se outros serviços precisarem ser ordenados neste serviço, a menos que seja socket ativado. -
Type=forking
: systemd considera que o serviço iniciou uma vez que o processo fez fork e o pai encerrou. Para daemons clássicos, use este tipo a menos que você saiba que ele não é necessário. Você deve especificarPIDFile=
também, de forma que o systemd possa acompanhar o processo principal. -
Type=oneshot
: este é útil para os scripts que fazem um trabalho único e, em seguida, saem. Você pode querer definirRemainAfterExit=yes
também para que systemd ainda considere o serviço como ativo depois que o processo foi encerrado. -
Type=notify
: idêntico aoType=simple
, mas com a condição de que o servidor enviará um sinal para systemd quando estiver pronto. A implementação de referência para essa notificação é fornecida por libsystemd-daemon.so. -
Type=dbus
: o serviço é considerado pronto quando oBusName
especificado aparece no barramento do sistema do DBus. -
Type=idle
: systemdvai atrasar a execução do binário do serviço até todos os trabalhos serem despachados. Além desse comportamento, é muito similar aType=simple
.
Veja a página man systemd.service(5) § OPTIONS para uma explicação mais detalhada dos valores de Type
.
Editando units fornecidas
Para evitar conflitos com o pacman, arquivos unit fornecidos por pacotes não devem ser editados diretamente. Há duas formas seguras de modificar um unit sem tocar no arquivo original: crie um novo arquivo unit que se sobreponha ao unit original ou crie trechos drop-in que são aplicados sobre o unit original. Para ambos métodos, você deve recarregar o unit em seguida para aplicar suas alterações. Isso pode ser feito editando o unit com systemctl edit
(que recarrega o unit automaticamente) ou recarregando todos os units com:
# systemctl daemon-reload
- Você pode usar systemd-delta para ver quais arquivos units foram sobrepostos ou estendidos e o que exatamente foi alterado.
- Use
systemctl cat unit
para ver o conteúdo de um arquivo unit e todos os trechos drop-in associados.
Arquivos unit de substituição
Para substituir o arquivo unit /usr/lib/systemd/system/unit
, crie o arquivo /etc/systemd/system/unit
e reabilite o unit para atualizar os links simbólicos.
Alternativamente, execute:
# systemctl edit --full unit
Isso abre /etc/systemd/system/unit
em seu editor (copiando a versão instalada se ela não existir ainda) e automaticamente a recarrega quando você finaliza a edição.
Arquivos drop-in
Para criar arquivos drop-in para o arquivo de unidade /usr/lib/systemd/system/unit
, crie o diretório /etc/systemd/system/unit.d/
e coloque arquivos .conf para substituir ou adicionar novas opções. systemd analisará e aplicará esses arquivos sobre a unit original.
A forma mais fácil de fazer isso é executar:
# systemctl edit unit
Isso abre o arquivo /etc/systemd/system/unit.d/override.conf
em seu editor de texto (criando-o, se necessário) e recarrega automaticamente a unit quando você finalizar a edição.
Conflicts=
um arquivo de substituição é necessário.Reverter para versão do vendor
Para reverter quaisquer alterações a uma unit feita usando systemctl edit
faça:
# systemctl revert unit
Exemplos
Por exemplo, se você só quiser adicionar uma dependência adicional a uma unit, basta criar o seguinte arquivo:
/etc/systemd/system/unit.d/dependenciapesonalizada.conf
[Unit] Requires=nova dependência After=nova dependência
Como outro exemplo, para substituir a diretiva ExecStart
para uma unit que não é do tipo oneshot
, crie o seguinte arquivo:
/etc/systemd/system/unit.d/execpersonalizado
[Service] ExecStart= ExecStart=novo comando
Note como ExecStart
deve ser limpado antes de reatribuir [1]. O mesmo ocorre para todo item que pode ser especificado várias vezes, como OnCalendar
para timers.
Mais um exemplo para reiniciar automaticamente um serviço:
/etc/systemd/system/unit.d/reiniciar.conf
[Service] Restart=always RestartSec=30
Targets
O systemd usa targets para agrupar units por meio de dependências e como pontos de sincronização padronizada. Eles servem a um propósito semelhante, como níveis de execução, mas agem um pouco diferentemente. Cada target é nomeado em vez de numerado e destina-se a servir uma finalidade específica com a possibilidade de ter múltiplos ativos ao mesmo tempo. Alguns targets são implementados herdando todos os serviços de outro target e adicionando serviços adicionais a ele. Há targets do systemd que imitam os níveis de execução SystemVinit comuns para que possa mudar targets usando o comando familiar telinit RUNLEVEL
.
Obter targets atuais
O comando deve ser no systemd em vez de executar runlevel
:
$ systemctl list-units --type=target
Criar target personalizado
Os níveis de execução que tinham um significado definido no sysvinit (ex.: 0, 1, 3, 5 e 6) têm um mapeamento 1:1 com um target de systemd específico. Infelizmente, não há nenhuma boa forma de fazer o mesmo com os níveis de execução definidos pelo usuário, como 2 e 4. Se você fizer uso deles é sugerido que você faça um target de systemd com um novo nome como /etc/systemd/system/seu target
que leva um dos níveis de execução existentes como base (você pode examinar /usr/lib/systemd/system/graphical.target
como um exemplo), crie um diretório /etc/systemd/system/seu target.wants
, e então faça um link simbólico dos serviços adicionais de /usr/lib/systemd/system/
que você deseja ativar.
Mapeamento entre níveis do SysV e targets do systemd
Nível de execução do SysV | Target do systemd | Notas |
---|---|---|
0 | runlevel0.target, poweroff.target | Interrrompe o sistema. |
1, s, único | runlevel1.target, rescue.target | Modo de usuário único. |
2, 4 | runlevel2.target, runlevel4.target, multi-user.target | Níveis de execução User-defined/Site-specific. Por padrão, idêntico ao 3. |
3 | runlevel3.target, multi-user.target | Multi-usuário, não-gráfico. Os usuários geralmente podem acessar através de múltiplos consoles ou via rede. |
5 | runlevel5.target, graphical.target | Multi-usuário, gráfico. Normalmente tem todos os serviços do nível de execução 3, mais um login gráfico. |
6 | runlevel6.target, reboot.target | Reiniciar |
emergência | emergency.target | Shell de emergência |
Alterar target atual
No systemd, targets são expostos via units de targets. Você pode alterá-los assim:
# systemctl isolate graphical.target
Isso só vai mudar o target atual, e não tem nenhum efeito na próxima inicialização. É equivalente aos comandos como telinit 3
ou telinit 5
no Sysvinit.
Alterar target padrão para inicializar
O target padrão é default.target
, que é um link simbólico para graphical.target
. Basicamente, ele corresponde ao antigo nível de execução 5.
Para verificar o target atual com systemctl:
$ systemctl get-default
Para alterar o target padrão a ser inicializado, altere o link simbólico default.target
. Com systemctl:
# systemctl set-default multi-user.target
Removed /etc/systemd/system/default.target. Created symlink /etc/systemd/system/default.target -> /usr/lib/systemd/system/multi-user.target.
Alternativamente, acrescente um dos seguintes parâmetros do kernel a seu gerenciador de boot:
-
systemd.unit=multi-user.target
(que basicamente corresponde ao antigo nível de execução 3), -
systemd.unit=rescue.target
(que basicamente corresponde ao antigo nível de execução 1).
Ordem de target padrão
O systemd escolher o default.target
conforme a ordem a seguir:
- Parâmetro de kernel mostrado acima
- Link simbólico de
/etc/systemd/system/default.target
- Link simbólico de
/usr/lib/systemd/system/default.target
Componentes do systemd
Alguns componentes (não exaustivos) do systemd são:
- systemd-boot — simples gerenciador de boot UEFI;
- systemd-firstboot — inicialização da configuração básica do sistema antes da primeira inicialização;
- systemd-homed — contas portáteis de usuário humano;
- systemd-logind — gerenciamento de sessão;
- systemd-networkd — gerenciamento de configuração de rede;
- systemd-nspawn — contêiner de namespace leve;
- systemd-resolved — resolução de nome de rede;
- systemd-sysusers(8) — cria usuários e grupos do sistema e adiciona usuários a grupos na instalação do pacote ou na inicialização;
- systemd-timesyncd — sincronização da hora do sistema na rede;
- systemd/Journal — registro do sistema;
-
systemd/Timers — cronômetros monotônicos ou em tempo real para controlar arquivos ou eventos
.service
, alternativa razoável ao cron.
systemd.mount - montagem
O systemd é responsável pela montagem das partições e sistemas de arquivos especificados em /etc/fstab
. O systemd-fstab-generator(8) converte todas as entradas em /etc/fstab
em unidades do systemd, isso é executado no momento da inicialização e sempre que a configuração do gerenciador de sistema é recarregada.
O systemd estende as capacidades usuais do fstab e oferece opções adicionais de montagem. Eles afetam as dependências da unidade de montagem, eles podem, por exemplo, garantir que uma montagem seja realizada apenas quando a rede estiver ativa ou apenas quando outra partição for montada. A lista completa de opções de montagem específicas do systemd, normalmente prefixadas com x-systemd.
, É detalhada em systemd.mount(5) § FSTAB.
Um exemplo dessas opções de montagem no contexto de montagem automática, que significa montagem apenas quando o recurso é necessário, em vez de automaticamente no momento da inicialização, é fornecido em fstab (Português)#Automontagem com systemd.
Montagem automática de partição GPT
Em um disco particionado GPT, o systemd-gpt-auto-generator(8) montará partições seguindo a Especificação de partições detectáveis, portanto, podem ser omitidas de fstab
.
A montagem automática de partição do sistema EFI requer que o carregador de inicialização defina a variável EFI LoaderDevicePartUUID. Apenas systemd-boot é conhecido por fazer isso.
Para que a montagem automática de /var
e /var/tmp
funcione, o PARTUUID deve corresponder ao hash SHA256 HMAC do tipo de partição UUID codificado pela ID da máquina. O PARTUUID necessário pode ser obtido usando:
$ systemd-id128 -u --app-specific=partição-tipo-UUID id-da-máquina
Substitua partição-tipo-UUID
pelo valor de UUID do tipo de partição apropriado da Especificação de Partições Detectáveis.
/etc/machine-id
, isso torna impossível saber o PARTUUID necessário antes que o sistema seja instalado.A montagem automática de uma partição pode ser desabilitada alterando o tipo GUID da partição ou definindo o atributo de partição bit 63 "não montar automaticamente", consulte gdisk#Prevent GPT partition automounting.
systemd-sysvcompat
A função principal do systemd-sysvcompat (requerido por base) é fornecer o binário tradicional do linux init. Para sistemas controlados pelo systemd, init
é apenas um link simbólico para seu executável systemd
.
Além disso, ele também fornece 4 atalhos de conveniência aos quais os usuários do SysVinit podem estar acostumados. Os atalhos de conveniência são halt(8), poweroff(8), reboot(8) e shutdown(8). Cada um desses 4 comandos é um link simbólico para systemctl
, e governado pelo comportamento do systemd. Portanto, a discussão em #Gerenciamento de energia se aplica.
Os sistemas baseados em Systemd podem desistir dos métodos de compatibilidade do System V usando o parâmetro de boot init=
(consulte, por exemplo, [solved] /bin/init is in systemd-sysvcompat ?) e argumentos de comando do systemctl
, nativo do systemd .
systemd-tmpfiles - arquivos temporários
O "systemd-tmpfiles cria, apaga e limpa arquivos e diretórios temporários e voláteis." Ele lê os arquivos de configuração em /etc/tmpfiles.d/
e /usr/lib/tmpfiles.d/
para descobrir quais ações executar. Os arquivos de configuração do diretório anterior têm precedência sobre os do diretório anterior.
Os arquivos de configuração geralmente são fornecidos junto com os arquivos de serviço e são nomeados no estilo de /usr/lib/tmpfiles.d/programa.conf
. Por exemplo, o daemon Samba espera que o diretório /run/samba
exista e tenha as permissões corretas. Portanto, o pacote samba vem com esta configuração:
/usr/lib/tmpfiles.d/samba.conf
D /run/samba 0755 root root
Os arquivos de configuração também podem ser usados para gravar valores em certos arquivos na inicialização. Por exemplo, se você usou /etc/rc.local
para desativar a ativação de dispositivos USB com echo USBE > /proc/acpi/wakeup
, você pode usar o seguinte arquivo tmp:
/etc/tmpfiles.d/disable-usb-wake.conf
# Caminho Modo UID GID Age Argumento w /proc/acpi/wakeup - - - - USBE
Veja as páginas do manual systemd-tmpfiles(8) e tmpfiles.d(5) para detalhes.
/sys
uma vez que o serviço systemd-tmpfiles-setup pode ser executado antes que os módulos de dispositivo apropriados sejam carregados. Neste caso, você pode verificar se o módulo tem um parâmetro para a opção que você deseja definir com modinfo módulo
e definir esta opção com um arquivo de configuração em /etc/modprobe.d. Caso contrário, você terá que escrever uma regra do udev para definir o atributo apropriado assim que o dispositivo aparecer.Dicas e truques
Ferramentas de configuração GUI
- systemadm — Navegador gráfico para as units do systemd. Ele pode mostrar a lista de units, possivelmente filtradas por tipo.
- SystemdGenie — Utilitário de gerenciamento systemd baseado em tecnologias KDE.
Executando serviços após a rede estar ativa
Para atrasar um serviço até depois que a rede está ativa, inclua as seguintes dependências no arquivo .service:
/etc/systemd/system/foo.service
[Unit] ... Wants=network-online.target After=network-online.target ...
O serviço de espera de rede do aplicativo específico que gerencia a rede também deve ser ativado para que network-online.target
reflita adequadamente o status da rede.
- Se estiver usando NetworkManager,
NetworkManager-wait-online.service
está habilitado comNetworkManager.service
. Verifque se neste caso comsystemctl is-enabled NetworkManager-wait-online.service
. Se ele não estiver habilitado, então reabiliteNetworkManager.service
. - No caso de netctl, habilite o
netctl-wait-online.service
. - Se estiver usando systemd-networkd,
systemd-networkd-wait-online.service
é habilitado comsystemd-networkd.service
. Verifique se este é o caso comsystemctl is-enabled systemd-networkd-wait-online.service
. Se ele não estiver habilitado, então reabilitesystemd-networkd.service
.
Para explicações mais detalhadas, veja Running services after the network is up no wiki do systemd.
Se um serviço precisar realizar consultas DNS, ele também deve ser solicitado após nss-lookup.target
:
/etc/systemd/system/foo.service
[Unit] ... Wants=network-online.target After=network-online.target nss-lookup.target ...
Veja systemd.special(7) § Special Passive System Units.
Para que nss-lookup.target
tenha algum efeito, ele precisa de um serviço que o extraia via Wants=nss-lookup.target
e se ordena antes dele com Before=nss-lookup.target
. Normalmente, isso é feito por Resolvedores de DNS locais.
Verifique qual serviço ativo, se houver, está puxando nss-lookup.target
com:
$ systemctl list-dependencies --reverse nss-lookup.target
Habilitar units instaladas por padrão
O Arch Linux vem com /usr/lib/systemd/system-preset/99-default.preset
contendo disable *
. Isso faz com que o systemctl preset desabilite todas as unidades por padrão, de forma que quando um novo pacote é instalado, o usuário deve habilitar manualmente a unit.
Se este comportamento não for desejado, basta criar um link simbólico de /etc/systemd/system-preset/99-default.preset
para /dev/null
para sobrescrever o arquivo de configuração. Isso fará com que o systemctl preset habilite todas as units que forem instaladas – independentemente do tipo de unit – a menos que especificado em outro arquivo em um dos diretórios de configuração do systemctl preset. Units de usuário não são afetadas. Veja systemd.preset(5) para mais informações.
Usando ambientes de aplicativos em sandbox
Um arquivo de unit pode ser criado como uma sandbox para isolar aplicativos e seus processos em um ambiente virtual reforçado. O systemd alavanca espaços de nomes, lista de permitidos/negados de capacidades e grupos de controle ("cgroups") para processos contêineres através de uma extensa configuração do ambiente de execução—systemd.exec(5).
O aprimoramento de um arquivo existente de unit do systemd com um aplicativo de sandboxing normalmente requer testes de tentativa e erro acompanhados pelo uso generoso de strace, stderr e facilidades de saída e registro de erro do journalctl(1). Você pode querer pesquisar primeiro a documentação original para testes já feitos para basear os testes. Para obter um ponto de partida para as possível opções de segurança, execute
$ systemd-analyze security unit
Alguns exemplos de como o sandboxing com systemd pode ser implementado:
-
CapabilityBoundingSet
define uma lista de capacidades (capabilities(7)) que são permitidas ou negadas para uma unit. Veja systemd.exec(5) § CAPABILITIES.- A capacidade
CAP_SYS_ADM
, por exemplo, que deve ser um dos objetivos de um sandbox seguro:CapabilityBoundingSet=~ CAP_SYS_ADM
- A capacidade
Notificação sobre serviços com falha
In order to notify about service failures, a OnFailure=
directive needs to be added to the according service file, for example by using a drop-in configuration file}. Adding this directive to every service unit can be achieved with a top-level drop-in configuration file. For details about top-level drop-ins, see systemd.unit(5).
Create a top-level drop-in for services:
/etc/systemd/system/service.d/toplevel-override.conf
[Unit] OnFailure=failure-notification@%n
This adds OnFailure=failure-notification@%n
to every service file. If some_service_unit fails, failure-notification@some_service_unit
will be started to handle the notification delivery (or whatever task it is configured to perform).
Create the failure-notification@
template unit:
/etc/systemd/system/failure-notification@.service
[Unit] Description=Send a notification about a failed systemd unit After=network.target [Service] Type=simple ExecStart=/path/to/failure-notification.sh %i
You can create the failure-notification.sh
script and define what to do or how to notify (mail, gotify, xmpp, etc.). The %i
will be the name of the failed service unit and will be passed as argument to the script.
In order to prevent a regression for instances of failure-notification@.service
, create an empty drop-in configuration file with the same name as the top-level drop-in (the empty service-level drop-in configuration file takes precedence over the top-level drop-in and overrides the latter one):
# mkdir -p /etc/systemd/system/failure-notification@.service.d # touch /etc/systemd/system/failure-notification@.service.d/toplevel-override.conf
Solução de problemas
Investigar serviços que falharam
Para encontrar os serviços systemd que falharam em iniciar:
$ systemctl --state=failed
Para encontrar o porquê de eles terem falhado, examine a saída do log. Consulte systemd/Journal#Filtrando saída para detalhes.
Diagnosticar problemas de inicialização
O systemd tem várias opções para diagnosticar problemas com o processo de inicialização. Veja Depuração de inicialização para instruções mais gerais e opções para capturar mensagens de inicialização antes que o systemd assuma o processo de inicialização. Veja também a documentação de depuração do systemd.
Diagnosticar um serviço
Se algum serviço do systemd se comportar mal ou você quiser obter mais informações sobre o que está acontecendo, defina a variável de ambiente SYSTEMD_LOG_LEVEL
com debug
. Por exemplo, para executar o daemon systemd-networkd no modo de depuração:
Adicione um arquivo drop-in para o serviço adicionando as duas linhas:
[Service] Environment=SYSTEMD_LOG_LEVEL=debug
Ou, de forma equivalente, defina a variável de ambiente manualmente:
# SYSTEMD_LOG_LEVEL=debug /lib/systemd/systemd-networkd
então, reinicie systemd-networkd e monitore o journal para o serviço com a opção -f
/--follow
.
Desligamento/reinicialização demora demais
Se o processo de desligamento leva um tempo muito longo (ou parece estar congelado) muito provavelmente um serviço que não se encerra é o responsável. O systemd espera um tempo para cada serviço encerrar antes de tentar matá-lo. Para descobrir se você foi afetado, veja esse artigo.
Processos de curta duração não parecem registrar qualquer saída
Se journalctl -u foounit
não mostra nenhuma saída para um serviço de curta duração, veja o PID em vez disso. Por exemplo, se systemd-modules-load.service
falha, e systemctl status systemd-modules-load
mostra que executou com PID 123, então você talvez possa ver uma saída no journal por esse PID, ou seja, journalctl -b _PID=123
. Campos de metadados para o journal como _SYSTEMD_UNIT
e _COMM
são coletados de forma assíncrona e invocam o diretório /proc
para o processo existente. A solução deste problema requer fixar o kernel para fornecer esses dados através de uma conexão de socket, semelhante ao SCM_CREDENTIALS
. Em resumo, é um erro. Tenha em mente que os serviços imediatamente falhos podem não imprimir nada para o journal conforme o design do systemd.
Tempo de inicialização aumentando com o tempo
Depois de usar o systemd-analyze
, vários usuários notaram que o tempo de inicialização aumentou significativamente em comparação com o que costumava ser. Depois de usar systemd-analyse blame
, o NetworkManager está sendo relatado como tendo uma quantidade anormalmente grande de tempo para iniciar.
O problema para alguns usuários foi devido a /var/log/journal
se tornar muito grande. Isso pode ter outros impactos no desempenho, como systemctl status
ou journalctl
. Como tal, a solução é remover todos os arquivos dentro da pasta (idealmente fazendo um backup em algum lugar, pelo menos temporariamente) e, em seguida, definindo um limite de tamanho de arquivo de diário conforme descrito em systemd/Journal (Português)#Limite no tamanho do journal.
systemd-tmpfiles-setup.service não inicia na inicialização do sistema
A partir do systemd 219, /usr/lib/tmpfiles.d/systemd.conf
especifica os atributos da ACL para os diretórios sob /var/log/journal
e, portanto, requer que o suporte da ACL seja ativada para o sistema de arquivos em que o journal reside.
Veja Listas de Controle de Acesso#Habilitar ACL para instruções sobre como habilitar ACL no sistema de arquivos que hospeda /var/log/journal
.
Desabilitar modo de emergência em máquina remota
Você pode desabilitar o modo de emergência em uma máquina remota, por exemplo, uma máquina virtual hospedada no Azure ou no Google Cloud. É porque se o modo de emergência for acionado, a máquina será bloqueada de se conectar à rede.
# systemctl mask emergency.service # systemctl mask emergency.target
Veja também
- Wikipedia:pt:systemd
- Site oficial do systemd
- Páginas man
- Outras distribuições:
- História do blogue do Lennart, atualização 1, atualização 2, atualização 3, resumo
- systemd para administradores (PDF)
- Como usar o systemctl para gerenciar serviços e units do systemd
- Gerenciamento de sessão com systemd-logind
- Realce de sintaxe do Emacs para arquivos do systemd
- Artigo introdutório em duas partes na revista The H Open.